Passou voando 2009, e chegou 2010 e quase estamos em março e tudo segue correndo. Até eu comecei a correr, toda quarta, futebol das 9 às 10. Embora não chegue nem perto do que eu jogava na época do Taquariense, onde claro, eu era mais jovem... hehehe. Agora já me distancio dos 20 e poucos anos e chego cada vez mais perto dos 30. Confesso que é algo relativamente assustador.
Ando abandonando o blog por falta de tempo e me vejo lembrando do Seu Plínio Saraiva, do jornal O Taquaryense, de Taquari, até hoje ainda montado tipo por tipo. Foram poucas palavras que troquei com ele na época em que eu ainda era estudante de jornalismo. Toda semana levava uma página com algumas linhas que escrevia em casa e eles transformavam naquela sequência de tipos, montados rapidamente por mãos habilidosas e acostumadas com o processo, e assim o texto ganhava a forma do O Taquaryense.
Em uma das vezes em que cheguei com a minha folha, uma A4 que eu dobrava em 4 vezes, fechadinha e deixava lá na portaria. Seu Plínio chegou e um dos funcionários do jornal disse: "-Essa é a Aline, seu Plínio". Eu sou tímida, de natureza mesmo e fiquei ali sem muito o que dizer e com medo do que ia ouvir. Sempre escrevi coisas que me interessavam e o que me dava vontade de exteriorizar, mas considerando a diferença de gerações às vezes ficava com medo que meus textos fossem barrados quando eu tratava de assuntos mais polêmicos ou viajava em alguns pensamentos de uma jovem estudante. No entanto, aquele dia me surpreendi, Seu Plínio me estendeu a mão, já meio fraco por causa da idade e balbuciou uma frase que eu nunca esqueci: "- Nunca pare de escrever." Talvez percebendo minha cara de espanto ou incredulidade, ele ainda repetiu: "- Nunca pare de escrever".
Ando abandonando o blog por falta de tempo e me vejo lembrando do Seu Plínio Saraiva, do jornal O Taquaryense, de Taquari, até hoje ainda montado tipo por tipo. Foram poucas palavras que troquei com ele na época em que eu ainda era estudante de jornalismo. Toda semana levava uma página com algumas linhas que escrevia em casa e eles transformavam naquela sequência de tipos, montados rapidamente por mãos habilidosas e acostumadas com o processo, e assim o texto ganhava a forma do O Taquaryense.
Em uma das vezes em que cheguei com a minha folha, uma A4 que eu dobrava em 4 vezes, fechadinha e deixava lá na portaria. Seu Plínio chegou e um dos funcionários do jornal disse: "-Essa é a Aline, seu Plínio". Eu sou tímida, de natureza mesmo e fiquei ali sem muito o que dizer e com medo do que ia ouvir. Sempre escrevi coisas que me interessavam e o que me dava vontade de exteriorizar, mas considerando a diferença de gerações às vezes ficava com medo que meus textos fossem barrados quando eu tratava de assuntos mais polêmicos ou viajava em alguns pensamentos de uma jovem estudante. No entanto, aquele dia me surpreendi, Seu Plínio me estendeu a mão, já meio fraco por causa da idade e balbuciou uma frase que eu nunca esqueci: "- Nunca pare de escrever." Talvez percebendo minha cara de espanto ou incredulidade, ele ainda repetiu: "- Nunca pare de escrever".
Desde aquele dia, sempre que fico tempo sem me dedicar a algumas palavras lembro dessa frase, e abandonar esse blog então me deixa envergonhada de mim mesma, e a monografia não gosto de usar como desculpa, até porque agora ela já passou. Costumo pensar que tempo a gente sempre tem, só precisamos aproveitá-lo bem. Seu Plínio já não está entre nós, mas a experiência que O Taquaryense me trouxe e a frase que ele me disse nunca saíram da minha memória. Nesse tempo escrevendo para o jornal o mais legal de tudo era ver o retorno das pessoas nas ruas, por telefone, e ainda aquelas pessoas que mandavam recados pelos meus pais, gente que muitas eu vezes eu nem lembrava ou não conhecia mesmo. Foi a primeira vez que tive contato com o retorno do jornalismo junto ao público e percebi como era importante cada palavra que escrevemos, cada informação que publicamos. Aprendi que sempre devemos lembrar do público quando trabalhamos com comunicação, pois em todos os momentos estamos falando a alguém e embora muitas vezes esse alguém pareça estar distante e inexpressivo, ele pode estar na próxima esquina ou nunca te encontrar, mas uma coisa é certa, a informação causa impacto, o público tem opinião, discernimento e também gosta de se expressar, afinal a maior fonte de informação do jornalismo é o nosso próprio cotidiano.
Por isso, jornalismo é Big Brother, sempre tem alguém dando uma "espiadinha". Tudo depende da responsabilidade do jornalista, qualidade que considero como uma das mais importantes em um profissional da área. Assim eu pretendo continuar escrevendo, talvez a própria responsabilidade me tire um pouco do tempo, mas a frase do Seu Plínio continua ecoando em algum lugar da minha lembrança.
Na próxima vez que conseguir fugir pra Taquari, além de fazer uma visita a minha dentista, vou procurar os jornais com os meus textos publicados e scannear pra postar aqui no blog. Ler o que se passava na minha cabeça quando era estudante de jornalismo há alguns anos atrás já vai ser no mínimo interessante.
Na próxima vez que conseguir fugir pra Taquari, além de fazer uma visita a minha dentista, vou procurar os jornais com os meus textos publicados e scannear pra postar aqui no blog. Ler o que se passava na minha cabeça quando era estudante de jornalismo há alguns anos atrás já vai ser no mínimo interessante.