domingo, 15 de agosto de 2010

Novos ares na Azenha

foto: Jefferson Botega/clicRBS

Momento histórico. Não, não estou falando da volta do Renato Gaúcho ao Grêmio, nem da primeira vitória do Tricolor no período pós-Copa (isso tem hífen?) e também não falo do William Magrão enlouquecido desencantando e fazendo dois gols na vitória sobre o Goiás, nesse domingo de frio no Rio Grande do Sul. O momento histórico é meu, depois de muito tempo consegui ver um jogo do Grêmio inteiro, o último tinha sido a virada sobre o Santos pela Copa do Brasil em pleno Olímpico, onde assisti tudo nas cadeiras em cima da geral.

Hoje vi o jogo comendo uma alaminuta gigantesca, da qual ainda faço a digestão, em um bar de tricolores aqui em Santa Cruz do Sul. Fazia tempo que eu não conseguia ver um jogo realmente, o trabalho apertando os horários e quando eu trabalho em uma transmissão de jogo, adivinha quem joga? O Corinthians. Ou a Globo não term vergonha ou é perseguição, mas me perguntem a escalação do Corinthians, incluindo banco de reservas e características dos jogadores. Vou responder tudo. No entanto, o Grêmio realmente anda de canto nos meus olhares. Mas, o importante é que o Renato voltou, o Grêmio já venceu um jogo, está disputando um campeonato só (melhor não complicar), e até deu pra ver algumas jogadas bonitas do meio-campo para o ataque. Ah, tem mais! O goleiro de volta a seleção e já com experiência em jogo, muito bom para o Victor! E tem surpresa, Souza de volta e com a braçadeira de capitão. Essa eu concordei, apesar de lá no meu íntimo dos íntimos ainda preferir que o Tcheco volte para o Grêmio, seja o capitão, xingue todo mundo e "chuvere" bolas pra área adversária. Pronto, resolvi inventar uns verbos novos.

Voltando ao Souza, eu sempre preferi capitão na linha, goleiro complica, dá um quebra-pau lá no ataque e quem vai reclamar? O juiz sempre releva a opinião do capitão do time, que é quem deve ser o porta-voz da equipe, e o goleiro vai sair em disparada do gol? Não, realmente não é bacana. E com a braçadeira ou sem a braçadeira o Victor é um grande líder na equipe, o ídolo maior da torcida gremista, apesar que agora está sob comando de um ídolo histórico. Em que outro time do mundo um jogador olha para a arquibancada e vê o rosto do seu técnico estampado na bandeira da torcida? É amigo, é Renato Gaúcho, novos ares na Azenha.

Laranja Mecânica

É velho, mas é bom. Vídeo da seleção holandesa de 1974, um jogo contra o Uruguai na Copa do Mundo. O resultado terminou em 2 a 1 para a Holanda, mas poderia ter sido um massacre em termos de número também, porque em posicionamento e trabalho tático a laranja mecânica ficou sobrando. A melhor parte do vídeo é no final a cara de desespero do técnico uruguaio. Entre os melhores lances está o momento em que em uma jogada de ataque uruguaia quase no meio-campo a seleção holandesa deixa seis jogadores da equipe adversária impedidos. Vale uma análise do vídeo pra quem gosta de futebol e não conhece essas imagens, ou como eu, nem era nascida na época.

Ah sim, e como sempre acontece com a Holanda, apesar do bom futebol nessa Copa do Mundo de 1974, eles morreram na praia de novo. Nessa ano, a sede foi a Alemanha Ocidental, mesmo país onde o "Carrossel Holandês", como também era conhecida a equipe de Rinus Michels, ganhou os Jogos Olímpicos de 1972, disputados na cidade de Munique. Apesar de perder a Copa do Mundo em 1974 a seleção holandesa ficou marcada pela inovação em alternar jogadores de posições e na sua forma atordoante de jogar futebol. Um exemplo é um dos principais jogadores, Johan Cruijff, que atuava na defesa, no meio-campo e no ataque. Naquele ano o Carrossel Holandês era a grande favorita, principalmente por ter eliminado o Brasil, mas chegou na final da Copa do Mundo e foi derrotada pelos donos da casa de virada 2X1. O grande destaque do time alemão era o capitão Franz Beckenbauer que levantou a taça do segundo título da Alemanha Ocidental, no Estádio Olímpico de Munique.