domingo, 27 de fevereiro de 2011

O discurso do favorito ao Oscar 2011

Ele tinha uma grande dificuldade de vencer a gagueira. Ele se tratou com diversos especialistas. Ele desistiu de tentar. Até que uma nação inteira suplicou por um líder que os comandasse às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Ele era George VI, Albert Frederick Arthur George (1895-1952), pai da atual rainha Elizabeth II que é também personagem do filme aparecendo ainda criança. Desde os 4 anos Bertie (apelido familiar de George VI) sofreu com a gagueira, problema que afeta muito a vida de um membro da realeza britânica que precisa se fazer ouvir por uma nação entrando em guerra. Rei George V faleceu em 1936 deixando o trono para o primeiro sucessor, Edward (1894-1972), que abdicou do comando em nome de uma paixão não aceita pela realeza. O império britânico estava carente de um líder e George VI precisava falar a seu povo. O roteiro conta a volta por cima de "Bertie", desde antes da morte de seu pai ele tenta de todas as formar vencer a gagueira. A história mostra sua desistência e a renovação de esperança quando sua incansável esposa Elizabeth Bowes-Lyon (Helena Bonham Carter), descobre nos classificados os serviços de Lionel Logue (Geoffrey Rush), um nada adequado especialista em problemas na fala. Entre os momentos mais curiosos está quando George VI assiste  e inveja um discurso de Adolf Hitler: "Não entendo nada do que ele diz, mas parece bem convincente." Colin Firth mostra com raro talento os anseios de um rei que precisa falar a seu povo e para isso vencer a maior dificuldade de sua vida.

Trio parada dura no Oscar 2011: atriz coadjuvante, 
melhor ator e ator coadjuvante

O discurso do rei concorre hoje à noite a 12 estatuetas do Oscar, e com todos os méritos. O filme atravessa a avenida no tempo certo, suas alas são impecáveis, a harmonia e a delicadeza do enredo emociona e os grandes destaques ficam por conta do trio de atores principais. Colin Firth como George VI provavelmente interpretou o mais expressivo papel de sua carreira e é o favorito a levar para casa a premiação, ao seu lado Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter (ambos concorrem a ator e atriz coadjuvantes) formam um trio difícil de ser batido hoje a noite na premiação mais importante do cinema mundial. Apesar disso acredito que O discurso do rei não levanta a torcida no final do desfile, mas com certeza prende a atenção de cada um e emociona por sua delicadeza em contar essa história verídica. Ao colher informações para o roteiro do filme, David Sedler chegou a procurar Elizabeth Bowes-Lyon (viúva do Rei George VI, morta em 2002) mas a realeza pediu que o filme não fosse feito enquanto ela estivesse viva: "A memória desses eventos ainda é muito dolorosa", respondeu.

Superação. Amizade. Força. Emoção. O discurso do rei chega pomposo ao Oscar, e com um jeito sutil de fazer qualquer gago soltar a garganta e dizer: "and the Oscar goes to...".

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dance White Collar

   
Reprodução White Collar :: Foto Divulgação

Quer uma dica de seriado pra começar a assistir nesse sábado chuvoso? White Collar. Estou preparando um post para falar melhor desse seriado que ganhou minhas atenções no último mês, apesar de não conseguir abandonar Arquivo X. Enquanto elaboro um bom dossiê dos motivos que você tem pra acompanhar essa série, fiquem com um vídeo que não me canso de assistir e dar risada. Os dois atores principais de White Collar, Tim DeKay e Matt Bomer, em um programa de auditório americano participando de uma brincadeira onde tinham que acompanhar uma coreografia. Pra quem não conhece os personagens já é engraçado e pra quem está acostumado com a dupla do FBI Peter Burke e Neal Caffrey, esse vídeo é muito mais divertido. Quem não conhece ainda já vai procurando baixar o seriado ou tentando acompanhar pelo canal pago FOX nas quintas-feiras às 22 hs e reprise aos domingos às 16 hs. A Globo começa a exibir a 1ª temporada da série agora em março, mas daí na versão dublada. Eu comecei agora a 2ª temporada e em breve posto aqui porque você deve começar a assistir esse seriado, principalmente se gosta de uma boa comédia policial. Enquanto isso, deem umas boas risadas com essas duas figuraças:

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Camisa 99

Arte sobre foto de André Lima. 
(Arte: Globoesporte.com/Foto: Edu Andrade, Ag. Estado)

Domingo a tarde foi dele, só faltou o terceiro gol pra poder pedir música no Fantástico. E se tivesse essa honra e escolhesse o Hino Riograndense daí o governador Tarso Genro já poderia entregar a certidão de gaúcho naturalizado ao André Lima. É brincadeira claro, mas a maneira em que o atacante gremista se identifica com a torcida e o Estado que o acolheu é evidente, e se tratando de um Estado tão bairrista quanto o nosso a atitude do "Guerreiro Imortal Tricolor", como ele mesmo se denomina, só empolga mais a torcida. Prova disso foram algumas atuações apagadas nos primeiros jogos atuando ao lado de Borges no ataque gremista. Fora da sua posição mais acolhedora, André Lima demorou pra firmar o passo e acertar o gol adversário, foi preciso mais do que treino, foi preciso uma camisa nova. Pode ser superstição, mania ou mesmo uma simpatia mas depois de perder a camisa número 9 quando Borges voltou recuperado de lesão, André Lima perdeu o passo e precisou de dois números 9 para voltar a brilhar pelo Grêmio. A camisa 99 foi um pedido feito à diretoria gremista e atendido logo no jogo entre Grêmio e Ypiranga, válido pelas quartas de final do 1º turno do Gauchão (Taça Piratini). Deu certo, o primeiro gol do Guerreiro Imortal saiu aos 1 minutos e 28 segundos do primeiro tempo, aos 27 minutos já saía o segundo. Grêmio atropelou o Ypiranga de Erechim em 5 a 0 naquela tarde e afirmou para os duvidosos: André Lima e Borges podem sim formar uma boa dupla de ataque.


O camisa 99 gremista prometeu gols ao presidente Paulo Odone que autorizou sua nova numeração, e já no segundo minuto de jogo com a nova camisa começou a pagar a promessa. Não pode-se dizer que voltou a fazer as pazes com a torcida porque mesmo nos jogos em que teve uma atuação mais apagada foi substituído e aplaudido pelos torcedores. Prova de que o relacionamento do jogador com a torcida é de identificação, André Lima comprou o jeito "Guerreiro Tricolor" e começa a inventar um personagem que tem tudo pra fazer história e lenda nos gramados do Olímpico e em todos os gramados que a torcida gremista precisar.


Segue abaixo o serviço e os gols do jogo:

GRÊMIO (5)
Victor; Gabriel, Paulão, Rodolfo (Mário Fernandes) e Gilson; Rochemback (Leandro), Adilson, Lúcio e Douglas (Willian Magrão); Borges e André Lima.
Técnico: Renato.

YPIRANGA (0)
Bruno Grassi; Thiago Gasparino (), Glauco () e Mateus e João Paulo; Pansera, Emerson, Saulo e Giovani; Cleiton e Elcimar (Silvestre).
Técnico: Agenor Piccinin.

Gauchão 2011 - quartas de final do primeiro turno
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre.
Início: 16h.
Arbitragem: Vinícius Costa, auxiliado por Antônio Cesar Padilha e Rafael da Silva Alves.
Gols: André Lima, duas vezes, e Douglas, no 1º tempo; Borges e Leandro, no 2º tempo (Grêmio).
Cartão amarelo: Pansera (Ypiranga).
Público: 11.790.
Renda: R$ 220.160.