Ao meu pai, Edvar.
Um ano. 365 dias.
Eu ainda não sei por que você se foi.
Nunca fui boa em contas então não medi a saudade que senti.
E sinto.
A cada momento de felicidade ou de tristeza, de vitória ou de derrota.
Por algum motivo ainda te procuro, e te encontro.
De alguma forma sei que nunca mais vou estar sozinha.
Nesse ano senti na pele que são nos momentos de dificuldades que conseguimos saber até onde podemos ir.
O quanto ainda temos de coragem pra enfrentar cada dia que se inicia. E como as manhãs são difíceis. Muito mais cruéis que as noites, pois não te dão a alternativa do sonho.
Um ano. 365 dias.
Eu ainda não sei por que você se foi.
Nunca fui boa em contas então não medi a saudade que senti.
E sinto.
A cada momento de felicidade ou de tristeza, de vitória ou de derrota.
Por algum motivo ainda te procuro, e te encontro.
De alguma forma sei que nunca mais vou estar sozinha.
Nesse ano senti na pele que são nos momentos de dificuldades que conseguimos saber até onde podemos ir.
O quanto ainda temos de coragem pra enfrentar cada dia que se inicia. E como as manhãs são difíceis. Muito mais cruéis que as noites, pois não te dão a alternativa do sonho.
O sonho que por vezes era uma forma de contato, de uma comunicação, mesmo que apenas por uns momentos.
Há um ano atrás, enquanto a dor ainda nos partia, nos consumia, silenciosa e aterrorizadora, os dias continuavam a nascer. A terra girava, os jornais eram impressos, o comércio abria e fechava e abri novamente no dia seguinte.
O dia seguinte.
Como era difícil acordar e confirmar que nada havia sido um pesadelo.
Ainda não sei onde Deus tinha escondido a coragem que surgiu para colocar a cabeça no lugar, entender, aceitar, levantar e seguir em frente.
Não triste, nem derrotada, nem injustiçada e muito menos enfraquecida.
Mas como foi difícil não te ver mais.
Sempre escutei que os pais cuidam da gente quando somos pequenos e depois nós que cuidamos de nossos pais.
Mas você fugiu às regras, quando eu ainda nem podia e nem precisava cuidar de você, foi-me tirada essa possibilidade futura. E a ordem das coisas foi mudada e quem diria, agora é ainda você que cuida de mim.
Há um ano atrás meu mundo caiu. E eu construí ele de novo.
Quando meu irmão era pequeno tinha medo de não aprender a construir uma casa para poder morar. Assim como nosso pai havia feito, e assim poder casar e constituir uma família.
Aquilo era muito preocupante para uma criança que achava que deveria fazer isso tudo sozinha.
Hoje eu sei que é preciso de força, coragem e união para vencer todos os obstáculos que aparecem na vida, e não estamos em uma família para termos que fazer as coisas sozinhos.
O ano de 2008 foi difícil e a gente conseguiu, mas hoje eu acho que ainda podemos muito maisnesses anos que estão por vir.
Hoje Adilson, eu acho que a gente constrói uma casa, acho que a gente pode construir qualquer coisa.
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Tim Maia - Gostava tanto de você
Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
Um comentário:
Bah Aline! Hoje é aniversário do meu pai. E lendo o teu texto, fiquei pensando quantas vezes temos a possibilidade de mostrar para eles o que sentimos e não o fizemos. Hoje, quando chegar em casa, vou mais uma vez dar um abraço e um beijo nele. Graças ao que tu escreveu.
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